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Portugal

Verão em Portugal pode subir oito graus

O Verão em Portugal poderá ser oito graus centígrados mais quente se a temperatura global subir quatro graus centígrados acima da temperatura média do planeta na época pré-industrial, indica um estudo apresentado em Londres.

Os cientistas responsáveis pelo estudo do Instituto Meteorológico britânico estimam que, se as emissões de carbono continuarem, é possível que o aquecimento global supere os quatro graus centígrados até ao final do século XXI, afectando o mundo de maneira diferente.

Na Península Ibérica, a temperatura média subiria em média mais seis graus centígrados em relação às temperaturas médias do período pré-industrial, entre 1855 e 1899, cujas temperaturas são consideradas para referência.

Estima-se que as temperaturas actuais estejam 0,8 graus acima das que eram registadas naquela época.  

Mas, nos dias mais quentes do ano, indicam os cientistas, as subidas de temperatura podem ultrapassar os oito graus centígrados nas regiões europeias onde se verificou a vaga de calor de 2003, o que inclui Portugal.

Segundo o cenário desenhado, a localização geográfica de Portugal poderá também implicar um risco acrescido de fogos florestais e de períodos de seca mais frequentes.  

A partir dos resultados, os cientistas desenharam um mapa onde são indicadas algumas das consequências da subida da temperatura em quatro graus centígrados, e que pode ser consultado no site www.actoncopenhagen.decc.gov.uk.

Diário de Notícias

 

 

Metade da electricidade veio de fontes renováveis

Quase metade (48% ) da electricidade consumida em Portugal está a ser produzida a partir de fontes renováveis , bem acima da meta de 39% definida por Bruxelas. Hoje, é o quinto país da União Europeia em termos de "energia verde".

As contas foram feitas por Sá da Costa, presidente da Associação das Energias Renováveis e responsável pelo Centro Ibérico de Energias Renováveis (ler caixa em baixo), com base nos dados até 13 de Maio da REN, que recebe na sua rede toda a electricidade produzida no país. "Estávamos na casa dos 48%" de energia com base em renováveis, seguindo a metodologia de cálculo europeia, que corrige anos mais secos do que o habitual, como este, disse.

A metade de electricidade consumida no país e que tem origem "verde" vem de três fontes: 30,5% dos rios, captada em grandes barragens ou em mini-hídricas; 13,4% da eólica, a energia do vento; e 4% da biomassa e resíduos urbanos, agora com um peso mais baixo do que no passado.

Em muito menor escala, surge a energia fotovoltaica, produzida a partir do sol. Apesar da recente entrada em funcionamento de mais um grande parque de painéis solares no Alentejo, continua a ter um peso muito diminuto, de 0,2%, na produção de electricidade "verde", em Portugal.

Nos próximos meses, contudo, é de esperar que seja produzida menos energia a partir de fontes renováveis. Como chove menos no Verão, as barragens esvaziam-se e originam menos energia. E também há menos vento, explicou Sá da Costa, para quem a descida de produção esperada não é grave. "É completamente diferente baixar de um nível de 48%, como temos agora, do que de, por exemplo 30%", disse. A maioria dos países europeus tem uma produção renovável inferior à portuguesa, incluindo Espanha.

Apesar da descida sazonal de Verão, o responsável está convencido que Portugal conseguirá ir aumentando o peso das renováveis na electricidade consumida no país. Para isso, ajudarão as dez novas barragens grandes que a EDP se prepara para construir, mais as oito cuja capacidade será reforçada. "O grande significado nem é tanto a energia que vão produzir, mas o facto de serem um sítio onde se pode armazenar energia", por exemplo, eólica.

Quando um parque eólico produz electricidade a partir do vento, ou é consumida de imediato ou é simplesmente desperdiçada. Isso significa que tanto pode haver alturas em que se produz demasiada energia para o consumo do momento como, logo a seguir, pode haver procura mas os parques eólicos não terem vento para produzir. Como as barragens têm tecnologia para armazenar electricidade, ajudam a aumentar a fiabilidade do sistema energético.

Mas mesmo sem as novas barragens, Portugal é o quinto país europeu que mais electricidade "verde" produz, atrás de Suécia, Áustria, Finlândia e Letónia.

Neste momento, Portugal é auto-suficiente, em termos de electricidade. No total, o país já produz energia eléctrica suficiente para satisfazer a procura.

Fonte: Jornal de Noticias

 

Portugal sem potência para construir mais parques eólicos

Associação de Energias Renováveis sustenta que só com a construção das barragens do Tua e do Baixo Sabor poderá ser viabilizada a criação de mais parques eólicos.
O presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa, defende que "não há potência disponível para construir mais parques eólicos em Portugal".
Segundo o responsável, recentemente indigitado para chefiar o Centro Ibérico de Energias Renováveis e Eficiência Energética, em Badajoz (Espanha), só a construção de novas barragens e centrais reversíveis poderá viabilizar a criação de mais parques eólicos no País, "para lá dos que já estão com pontos de ligação atribuídos".
O presidente da APREN defende a construção das barragens do Tua e do Baixo Sabor, tendo em conta a sua capacidade de armazenagem de energia. "O papel da hídrica será ainda maior, porque se não tivermos forma de armazenar a energia gerada pelo vento durante a noite, em horas de menor consumo, o vento passa e não gera nada", alega.
Com a construção de centrais reversíveis, a energia eólica pode ser aproveitada para bombear água nas albufeiras. "Durante a noite, quando há menos consumo, mas há mais vento, o excesso de electricidade pode ser usado para bombear a água de um nível inferior para um nível superior, para que noutras alturas, quando não há vento e há mais consumo, essa mesma água possa fluir em sentido contrário, gerando electricidade", explica Sá da Costa, acrescentando que "estas centrais reversíveis são indispensáveis ao País, porque permitem armazenar energia, que de outra forma não era utilizada".
Contas feitas, para atribuir mais potência, só quando as grandes centrais hídricas estiverem em funcionamento. "Julgo que só será atribuída mais potência por volta de 2014-2015, para entrar em exploração em 2017-2018, porque esta questão só se resolve com a construção das novas barragens e respectivas centrais", adianta o presidente da APREN.

Expresso

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